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        | 5.5.06 |  
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        |   enviado por 
fitomaia. as 12:10
 
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        |   enviado por 
fitomaia. as 12:08
 
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        | 25.1.06 |  
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 PQP1024
 enviado por 
fitomaia. as 23:45
 
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        |   enviado por 
fitomaia. as 00:36
 
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        |   enviado por 
fitomaia. as 00:10
 
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        | 24.1.06 |  
        |  |  
        |   enviado por 
fitomaia. as 06:54
 
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        |  |  
        |  
 PQP
 
 
 
  
 stripe
 enviado por 
fitomaia. as 06:40
 
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        | 30.11.05 |  
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        |   enviado por 
fitomaia. as 16:22
 
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        | 24.7.05 |  
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        |  :o)
 enviado por 
fitomaia. as 06:00
 
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        |  
 PQP!!!
 enviado por 
fitomaia. as 05:07
 
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        | 3.7.03 |  
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        | TESTETESTETESTE enviado por 
fitomaia. as 02:21
 
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        | 31.5.03 |  
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        | Testeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee enviado por 
fitomaia. as 14:25
 
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        | Template enviado por 
fitomaia. as 14:23
 
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        | 24.5.03 |  
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        | teste enviado por 
fitomaia. as 03:40
 
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        | Fala, Jê! Q q tu manda? Ó, cara, tô te emeiando pra dizer q a situação aqui embaixo tá K.B.Luda, meu. No Rio entaum, puta que o pariu (com todo respeito à tia Maria)!!! Mas a galera do morrão tá apavorando, sabe. É um tiroteio atrás do outro, só presunto na televisão e uma governadora saída do gibi do Chico Bento q pensa q ainda tá na roça e q não faz porra nenhuma. Tá foda mesmo...
 Hj teve tiroteio aqui perto de casa e eu vi a cobra segurar o tchan. Nossa, fiquei azul fluorescente. Daí resolvi te mandar uma idéia pq não tinha mais pra quem pedir uma força. Pô, tu tem a manha do negócio né, bota mó moral. Vê se dá pra melhorar o meu lado aqui, e o da geral aqui do Rio. Sempre me falaram q tu curte qdo a gente pede pra todo mundo, q nem rola esse lance de olhar só pro próprio umbigo pq tu finge q não é contigo. Entaum, peço em nome da galera da cidade maravilhosa, olha pra gente. Dá uma proteção aí pra gente poder sair na rua sem cagaço, poder ir pra aula sem medo de q entre um despirocado pra meter bala em todo mundo, pra tentar ter uma vida normal.
 Nem quero paz não. Acho mó balela essas caminhadas pela paz e essas propagandinhas de artista da globo fazendo pombinha da paz c/as mãos. Só não quero ter a sensação d q abriram a porta do inferno e q o teu concorrente lá dominou geral. Isso aqui já virou guerra há mó tempão, só q eu ainda não sei quem é o bem e quem é o mal, tomando como classificação a daquele debilóide gringo, o George W. Hitler (acho é isso...)
 Se tu tiver muito ocupado, vê se tem algum chapa teu q dê conta do recado. Pedrão, Toninho, Bastião (q tá até no nome da cidade), Chico ou Jorginho, q é padroeiro do Rio, sei lá, qq um. Só não me deixa na mão, cara.
 Qq coisa, c sabe onde me achar...
 
 enviado por 
fitomaia. as 02:59
 
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        | now or never... enviado por 
fitomaia. as 02:53
 
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        | psycho????? enviado por 
fitomaia. as 02:50
 
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        | wowwwwwwwwwwwww enviado por 
fitomaia. as 02:43
 
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        | Tes-te-! enviado por 
fitomaia. as 02:39
 
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        | 18.5.03 |  
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        | olha só! enviado por 
fitomaia. as 02:07
 
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        | one more time, baby! enviado por 
fitomaia. as 01:45
 
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        | NEWWWWWWWWWWW enviado por 
fitomaia. as 01:42
 
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        | novo teste enviado por 
fitomaia. as 01:33
 
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        | teste de banner enviado por 
fitomaia. as 01:02
 
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        | 9.5.03 |  
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 enviado por 
fitomaia. as 00:15
 
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 enviado por 
fitomaia. as 00:12
 
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        | 6.5.03 |  
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        | xxxxxxxxxxxxx enviado por 
fitomaia. as 12:14
 
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        | testando cor enviado por 
fitomaia. as 12:09
 
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        | 4.5.03 |  
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        | enésimo teste! enviado por 
fitomaia. as 03:01
 
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        | ten-tan-do! enviado por 
fitomaia. as 02:58
 
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        | novo acerto! enviado por 
fitomaia. as 02:48
 
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        |  |  
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        | Acertando template!!! enviado por 
fitomaia. as 02:21
 
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        | 1.11.02 |  
        |  |  
        | ::O fim de um poema sem início 
 Hoje entro novamente em cena
 Para com grandes palavras escrever esta poesia pequena
 E provando que o óbvio não é tão certo assim
 Não farei com que este texto tenha este verso como fim
 
 
 Embromando mais um pouco, gasto o tempo de quem lê
 Esta fútil “poesia”, e me pergunto why, por quê
 Tirei o branco desta folha com um texto assim
 Que começou sem início e que parece não ter fim
 
 
 A cada grande palavra desta pequena poesia
 Mais me escapam as idéias e me falta harmonia
 Para arrancar todas as palavras que há dentro de mim
 Para fazer meu grande pequeno texto chegar logo ao fim
 
 
 Tentei começar este texto, mas quando vi já estava no meio
 Foi quando parei e percebi que a luz realmente não veio
 E este que vos fala só agora se tocou
 Que sua grande pequena poesia finalmente acabou
 
 
 enviado por 
fitomaia. as 01:37
 
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        |  |  
        |  |  
        | O poema Do poema
 O nada
 Do nada
 
 O poema
 Do nada
 O nada
 Do poema
 
 
 De poema:
 nada
 De nada:
 poema
 enviado por 
fitomaia. as 01:36
 
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        |  |  
        |  |  
        | ::Hoje eu vi o meu amor 
 Hoje eu vi o meu amor
 De mãos dadas com o pecado
 Correndo pro outro lado
 Tentando fugir de mim
 
 
 Hoje eu vi o meu amor
 Me comprando um nariz de palhaço
 Querendo a largos passos
 Pular do começo pro fim
 
 
 Hoje eu vi o meu amor
 Em sua nova rota
 Com uma placa de IDIOTA
 Para me presentear
 
 
 Hoje eu vi o meu grande amor
 Tão baixo, tão pequeno
 Cuspindo fogo e veneno
 Tentando me culpar
 
 
 Hoje eu vi o meu amor
 Me apunhalando pelas costas
 Causando fratura exposta
 Onde nem osso há
 
 
 Hoje eu vi o meu grande amor
 Cor de melancia
 Ao saber que eu sabia
 Que ele não sabia amar
 
 
 Hoje eu vi o meu amor
 Rolando escada abaixo
 Quebrando todos os ossos
 Morrendo sem dar adeus
 
 
 Hoje eu vi o meu amor
 Na fila da prestação
 Pagando por cada tostão
 Do par de chifres que me deu
 enviado por 
fitomaia. as 01:35
 
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        | ::A Revelação
 
 E sentou-se no chão, gemeu, chorou. Pensava em como sua vida poderia ter sido muito mais do que aquela monotonia em que se tornara. Há anos era tudo igual. Há anos as paredes eram brancas. Há anos os livros ficavam arrumados na mesma ordem na estante. Há anos o mural de fotos não via uma cara nova. Há anos o único troféu que ganhara olhava para ela todos os dias, do mesmo lugar. Há anos o abajur estava quebrado. Há anos adiava os planos de realizar mudanças. Há anos tinha deixado de ser feliz.
 
 E só agora se dava conta de que poderia ser tarde demais para começar as reformas do quarto e do coração. As paredes já não tinham o mesmo brilho de outrora. Seu rosto já não tinha a mesma juventude. O mofo já tomara conta de todos os cantos do quarto. O sofrimento já tomara os lugares da vivacidade, da alegria e do amor em seu coração. Refletiu e chegou a cruel conclusão de que sua vida havia mudado sim. Para pior. E agora nem era mais vida. Era um estado de existência qualquer que não tinha a excelência, a grandiosidade do viver.
 
 Tentava encontrar algum motivo que tivesse levado sua vida a tomar esse caminho. O caminho da não-vida. Por horas ficou ali, sentada, no chão daquele quarto que já conhecia minuciosamente, como se estivesse a observá-lo pela primeira vez. E realmente nunca o tinha enxergado de tal maneira. Ao ver cada pedaço de seu pequeno paraíso em estado de decomposição é que percebeu como o tempo havia passado ali também. Pois costumava pensar que se ficasse trancada entre aquelas paredes o quanto quisesse, o tempo jamais passaria, ou passaria tão longe que não se esforçaria para bater na porta de seu quarto. Como estava enganada!
 
 Chegou à idade adulta totalmente inexperiente, sem conhecer uma das mais descompromissadas e divertidas fases da vida. Nunca saíra com amigas à noite pra dançar. Nem tinha muitas amigas. Nunca tinha tomado um porre daqueles que fazem você acordar no dia seguinte na sua cama sem sequer saber como chegou lá. Nunca tinha levantado a voz para os pais ou para os irmãos – tinha agora dois – para impor uma vontade ou expressar uma opinião sem que fosse questionada. Nunca tinha tirado uma nota baixa no colégio. Nunca tivera um namorado. O único beijo na boca que dera foi, na verdade, roubado. De um príncipe? Não, de um sapo, mas precisamente do garoto mais feio e nojento do colégio. Nunca contou pra ninguém. Para as amigas ela era também “virgem de boca”, sem dúvida alguma a mais careta do pedaço, título do qual não tinha o menor orgulho. No fundo, tudo o que ela queria ser igual, ter uma vida semelhante às de suas amigas. Mas quanto mais tentava mudar, menos conseguia.
 
 Subitamente, em meio às suas reflexões, surgiu um fato que pareceu-lhe ser o marco inicial de seu caminho decadente: as fotos espalhadas pelo chão. Já havia se passado sete anos, mas a lembrança detalhada de cada uma das fotos não havia saído de sua mente. A sensação era de que tudo estava ocorrendo outra vez, naquele exato momento. A sensação era ao mesmo tempo um misto de incompreensão, sufocada em seguida por uma visão clarividente e horripilante de tudo, acompanhadas pelo surgimento de um ódio em proporções tão imensas quanto o fato exigia. A sensação era de que acabara de chegar daquela colônia de férias, sorriso de orelha a orelha, brilho digno de diamante nos olhos, corrida serelepe rumo à sua casa e aparentemente ninguém lá. A sensação era de que abria as portas e não achava ninguém. A sensação era de que ao abrir a porta do quarto dos pais, ouviria o barulho do pai no banho e encontraria as fotos.
 
 As fotos espalhadas pelo chão. Mostrando uma realidade bem distante da de uma mente de puros 11 anos: seu pai, que de início se recusou a reconhecer naquelas imagens, numa celebração de sua superioridade, abusando de todas as formas imagináveis do menino. O irmão dela. Seu terceiro irmão, o mais indefeso, o mais impotente diante daquilo tudo e por isso mesmo o escolhido minuciosamente pelo predador. A incapacidade que tinha de expressar pela voz e pelos gestos toda a dor que sentia fez com que o menino tirasse a própria vida dois dias depois. Aos nove anos de idade. O pai conseguiu chorar a morte do menino ao lado da esposa e dos agora três filhos como se não tivesse parcela alguma de culpa na tragédia que abalou a família. Afinal, ninguém jamais saberia...
 
 E ninguém jamais soube. Porque ela afogou dentro da memória as mesmas lembranças das fotos espalhadas pelo chão que sete anos depois voltavam a aparecer. Na época não quis contar tudo e ser ela a responsável pela total desestruturação da família já tão abalada. O tempo passou e as lembranças se tornaram um áspero nó em torno de seu pescoço, que a sufocava e a impedia de viver normalmente. A reclusão, o afastamento do mundo foi a saída natural que encontrou para que o nó afrouxasse um pouco. Abdicou de sua vida em prol da felicidade de uma família que fingia ser feliz.
 
 Mas a vida a partir dali foi tão lenta e negativamente gradativa que ela sequer recordava do marco inicial daquele pesadelo. Passou a se arrastar contra os dias para que eles não a levassem de vez e aos poucos se esqueceu dela mesma. Ia somente ao colégio pra parecer que tinha uma vida. E se dedicava aos estudos como se decorar as leis de Newton e os nomes de todas as figuras de linguagem fossem uma válvula de escape para a dor, a garantia de que o nó não seria apertado. Mas não fazia novas amizades, não cuidava da aparência, não se divertia. Isolou-se num período qualquer do tempo e ali ficou vivendo um conto de fadas às avessas. Morria aos poucos na esperança de que algo inesperadamente lindo mudasse sua vida. Sete anos e nada.
 
 Foi quando despertou do sonho e sentou-se no chão, gemeu, chorou. Tinha olhado à sua volta e percebido que o quarto o qual exaustivamente habitara nos últimos sete anos estava a ponto de desmoronar. Caiu em si e o pranto que rolou de seus olhos era por tudo que não viveu, era por seu irmão, era por não ter contado o que ninguém jamais saberia, era por ter que odiar eternamente o próprio pai. Viu sua vida inteira passar diante dos olhos em dois minutos, revelando-lhe todos os porquês, revelando-lhe o passo seguinte.
 
 Não pensou duas vezes. Furou o pulso esquerdo e com o sangue que dele escorria assinou a carta que há sete anos escrevera revelando a que ponto a crueldade do pai fora capaz de chegar. Terminou de triturar os pulsos e implorou por perdão no mais alto grito que conseguiu dar. Quando a porta foi arrombada foram encontrados um quarto em ruínas, um corpo frio e pálido, um rio de sangue, uma carta e as fotos espalhadas pelo chão.
 enviado por 
fitomaia. as 01:34
 
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        | 27.9.02 |  
        |  |  
        | ::Você Se Foi 
 Você se foi
 Pra bem mais longe de onde eu possa te encontrar
 Nem disse adeus
 Não sei como achou que eu não ia notar
 E eu me perdi
 No meio de infinitas dúvidas, procurando um porquê
 Não me encontrei
 E agora a culpa que eu nem sei se tenho quer me corroer
 Nenhum motivo
 Nenhum sinal
 Nada me revela o que te levou daqui
 Nenhum destino
 Nenhum ideal
 Num labirinto interminável, não sei pra onde ir
 Você deixou
 Um cheiro doce no meu quarto e um rombo enorme no meu coração
 Nem se tocou
 Que o que existia entre nós era bem mais que uma atração
 Trancou a porta
 E colocou em universos diferentes dois corpos que há pouco eram um só
 Deixou aberta
 Uma tristeza no meu olhar e a certeza de que não fiz o meu melhor
 Nenhuma dúvida
 Ou preocupação
 Nem hesitou em partir e me deixar pra trás
 Nenhuma esperança
 Nenhuma ilusão
 Nada que alimentasse meu desejo de vê-la uma vez mais
 Você se foi
 E aqui deixou
 Um cais vazio
 Num porto seguro onde pela eternidade juntos poderíamos viver
 Você se foi
 E nem deixou
 Que eu dissesse que pra sempre vou estar aqui
 Esperando por você
 enviado por 
fitomaia. as 03:40
 
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        |  |  
        |  |  
        | ::P R O C U R A - S E 
 Procura-se um amor urgente
 Capaz de fazer palpitar o mais indiferente dos corações
 Não há que ser tão bela ou inteligente
 Mas há que roubar os sentidos e confundir as emoções
 Procura-se um amor
 Que só queira de presente a presença do ser amado
 Que confidencie a ele as melhores aventuras e os piores pecados
 Que saiba sempre perdoar e pedir perdão
 Que saiba ser amante e companheira na mesma proporção
 Procura-se um amor
 Que não tenha prazo de validade ou contra-indicação
 Que não queira em troca de seu amor a liberdade do ser amado em questão
 Que só exija soluções para o que pode ser solucionado
 Que não crie uma catástrofe caso um “bom dia” não lhe seja dado
 Não há que saber cozinhar, lavar e passar perfeitamente
 Mas há que saber decifrar pelo olhar o que o seu companheiro sente
 Não há que ter dotes artísticos ou nenhuma outra vocação
 Mas há que saber a cada dia somar mais amor dentro do coração
 Procura-se um amor
 Que seja capaz de enfrentar o mundo
 Para impedir seu amado de derramar uma só lágrima de tristeza ou de dor
 Que sofra e sorria com ele
 Mas que saiba amenizar seu sofrimento e trazer-lhe quanto mais felicidade possível for
 Procura-se um amor urgente
 Que traga de volta à vida um agonizante coração
 Que seja capaz de devolver a um poeta o seu dom e a sua inspiração
 Não há que ser perfeito
 E caso não cumpra à risca os requisitos desse anúncio que aqui se faz
 Que seja apenas um amor
 Sincero
 Puro
 E eterno
 E nada mais
 enviado por 
fitomaia. as 03:38
 
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        |  |  
        |  |  
        | ::Pierrô 
 Pierrô sozinho no salão
 A festa que nunca começou
 Alegria em extinção
 Pouca paz, nenhum amor
 Pierrô sozinho no salão
 Sem confete e serpentina
 Uma lágrima no chão
 Saudades da Colombina
 Que com o Arlequim foi embora
 Levou os sorrisos da multidão
 Ficaram um coração pedindo esmola
 E o Pierrô sozinho no salão
 enviado por 
fitomaia. as 03:36
 
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        |  |  
        |  |  
        | ::Insônia 
 Nenhum amor platônico
 Nenhum amor perdido
 Nenhuma feliz chegada
 Nenhuma árdua despedida
 Nenhuma bela paisagem
 Nenhuma bela personagem
 Nenhuma sensação
 Nenhuma inspiração
 Só um corpo na cama
 Cansado
 Pesado
 Soninho
 Sozinho
 E o sol lá fora
 enviado por 
fitomaia. as 03:35
 
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        |  |  
        |  |  
        | ::Joguei meu passado no lixo 
 Joguei meu passado no lixo
 Me desfiz de tudo
 As lembranças
 De quem eu fui
 De quem ainda sou
 Rabiscos, cálculos, teorias
 Foram tantos, eram tantos
 E nada ficou
 
 Joguei no lixo
 O pretérito imperfeito
 E o mais-que-imperfeito
 Perfeito nunca foi...
 Eu que era perfeito!
 Sabia de tudo de uma só vez
 Eu que era perfeito?
 Era o 1 + 1 = 3
 
 Joguei no lixo
 A papelada toda
 E os neurônios que nela deixei
 As horas a fio decodificando
 O que eu não sabia
 E não sei
 
 Enfiei no fundo do lixo
 Os dias que deixei de viver
 O medo
 O relógio adiantado
 O olhar lacrimejante
 
 Enfiei no lixo
 O espelho
 A feiúra em conserva
 A perna-de-pau
 O crânio
 E o esqueleto restante
 
 Enterrei no fundo do lixo
 Os abutres
 As jararacas
 E os urubus
 
 Enterrei e fiquei de luto (por)
 Uns anjos meus
 Que se foram sem pedir permissão
 Sem dar adeus
 
 Joguei meu passado no lixo
 Mas para não ficar com a estante vazia
 Deixei as estrofes
 E as melodias
 Com as quais vou tentar construir do meu jeito
 O presente-mais-que-perfeito
 
 Joguei meu passado no lixo
 Enfiei tudo num saco
 E levei pra bem longe
 O lado vil do dilema
 
 Joguei no lixo
 O passado que nunca tive
 O passado que ainda pensa que vive
 Nos versos desse poema
 enviado por 
fitomaia. as 03:33
 
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        |  |  
        |  |  
        | ::Encontro 
 Amanhã, se eu te encontrar
 Talvez não tenha buquê de rosas
 Ou outro agrado para te ofertar
 Mas tenho boca e braços
 Não vêm com brilhos e laços
 Mas dão tantos beijos e abraços
 Que nada mais preciso será
 Amanhã, se eu te encontrar
 E não vir em ti aquele sorriso
 Tão comum, que nem preciso
 Me esforçar para podê-lo ganhar
 Te darei logo um aviso
 De que sem a doçura do teu riso
 Mais longe fica o paraíso
 Para onde quero te levar
 Amanhã, se eu te encontrar
 E perceber que dentro de ti
 Não és capaz de por mim sentir
 O mesmo amor que por ti em mim há
 Então te darei o eterno adeus
 E na insaciável fome de beijos teus
 Morrerei da dor que é o amar
 enviado por 
fitomaia. as 03:30
 
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        |  |  
        |  |  
        | ::Quase 
 Quase fui ao topo
 Quase cheguei lá
 Quase mudei meu mundo
 De conceitos, de lugar
 Nesse quase-não-quase
 Ralei a cara no chão
 Abriram-se algumas feridas
 Que iam até no coração
 Quase dei pirueta
 De alegria, de alívio
 Quase cantei vitória
 Quase dei assovio
 E foi no quase-não quase
 Que eu fechei as pernas
 Fiquei parado
 Calei a boca
 E fingi que eu quase não sabia
 Que eu quase tinha chegado lá
 enviado por 
fitomaia. as 03:28
 
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        | ::O Primeiro Pranto 
 Hoje eu desabafo
 Como se há mais de séculos eu não o fizesse
 Hoje eu me entrelaço
 Nas linhas desse texto como se assim eu quisesse
 Simbolizar o quão confuso o momento está
 Representar os rumos que a vida pode levar
 Ah, e são tantos! . . .
 Ontem eu me vi à beira de um sonho
 A um passo da fronteira entre ilusão e realidade
 Hoje o que me proponho
 É não derramar tantas lágrimas por não estar em liberdade
 Pra sonhar, esperançar, buscar nos delírios a fuga mais pura
 Dos desejos, desafios, da rotina que tortura
 Tortura. . . a ponto de embaraçar os pensamentos
 Atropelar as alegrias, enegrecer os bons momentos
 Tortura e não pára, alegra-se em prosseguir
 Até que as lágrimas não se contenham e comecem a cair
 E elas se vão . . . convertem em rios minha dor, minha solidão
 Eu que há bem pouco tinha o brilho do mais reluzente metal
 Agora me acho perdido num labirinto continental
 Onde só existe um ser
 E uma única saída a se achar
 Onde só há o sofrer
 E tudo que a ele pode nos levar . . .
 . . .E aquele que há bem pouco era o rei
 O expert na junção melódica das palavras
 Agora já as desordena, num desafino que entristece quem as cantava
 Para todos os lados, por todo lugar
 E a cada instante, mais eu vejo minha imagem se distanciar
 De todos que me cercavam, os poucos que ainda estavam ao meu lado
 Que deixaram um rastro nebuloso, triste, assustador, gelado
 Se distanciando daquele que eles tinham que aturar
 Das palavras venenosas que ele estava sempre a destilar . . .
 . . . Por isso hoje eu desabafo, esqueço a timidez
 E tento me declarar como se fosse a primeira vez
 Como se fossem esses meus primeiros suspiros que vão se eternizar
 E como se essas velhas companheiras
 Fossem as primeiras lágrimas que eu estivesse a derramar
 Como se fosse a primeira desilusão, a primeira sensação de dor
 Como se fosse meu o meu coração, e como se nele houvesse amor. . .
 . . . Desabafo e digo que o que melhor sei é sofrer
 Exclamar minhas desilusões com toda a intensidade que ainda posso ter
 Desilusões, que quando caladas, se comprimem e dão peso a meu vago coração
 Mas, que quando livres, linhas suficientes para se abrigarem não encontrarão
 E vão se perder rumo ao infinito, à imensidão
 Assim como meu pranto e minha inspiração
 Que se iniciam com um descontentamento, uma inquietação dentro de mim
 E que só hão de me deixar quando em meus versos for escrita a última lágrima
 Meu fim
 enviado por 
fitomaia. as 03:27
 
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        | ::As Estrofes Da Minha Vida 
 Minha vida são estrofes
 Onde as fiéis amigas letras
 Brincam cada instante, cada dia
 E se reúnem para formar palavras
 Repletas de alegria
 E amor, paz e sabedoria
 São constantes sensações
 Que minhas estrofes declamam
 Em belíssimas declarações
 E dificilmente minhas estrofes
 Choram de tristeza
 Costumam, ao contrário,
 Exaltar muita beleza
 E na paz que as recebo
 Sem economizar harmonia
 Formo com as estrofes da minha vida
 A mais bela poesia
 enviado por 
fitomaia. as 03:25
 
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        | ::Astronauta 
 O mundo parece bem melhor
 Quando olhado de fora
 Quando ultrapassamos as fronteiras
 Nos libertamos para o novo
 E quem não quer o novo?
 Ah, como é difícil o novo!
 As surpresas, os desafios
 Se tornam maiores
 Quando as mentes que nos rodeiam
 São velhas
 E menores
 Queria ser astronauta!
 enviado por 
fitomaia. as 03:24
 
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        | ::Um 
 Corri o quanto pude
 Evitei parar e refletir
 Sem aviso fui embora
 Sem nem ter pra onde ir
 Deixei tudo pra trás
 Os restos da ilusão
 Na bagagem esperança
 Um tênis velho e o coração
 Que ainda grita o teu nome
 Desesperadamente
 Que ainda desperta em mim
 Os desejos mais ardentes
 Cada vez que me lembro
 Da tua pele, do teu calor
 Dos beijos inebriantes
 Das carícias de amor
 Dos prazeres mais íntimos
 Que estavam em jogo
 Da metáfora recorrente:
 Nós dois pegando fogo
 E queimando, queimando...
 Até não sobrar nada
 Só cinzas e dor
 E uma porta aberta rumo à estrada
 Na qual eu corro, corro...
 Tento fugir de mim
 Negar cada sentimento
 Pra recomeçar enfim
 ...Ah, se fosse fácil
 Deixar o mundo pra trás
 E fazer tudo de novo
 Já sabendo como se faz
 É um desejo perfeito
 Mas o coração dentro do peito
 É burro, é torto, incapaz
 E em vez de querer a revolta
 Tenta o caminho de volta
 Pra viver o que não dá mais
 E me faz sofrer, faz chorar
 Enquanto corro estrada afora
 A distância dos corpos aumenta
 A lembrança fica, mora
 E eu fujo, fujo, fujo...
 Numa correria vã
 Cujo fim sempre será
 Amanhã... Amanhã...
 Pois quanto mais eu me afasto
 Mais me sinto dependente
 Do teu carinho
 Dos teus abraços
 Do teu corpo envolvente
 Quanto mais eu tento achar
 Um novo rumo, uma nova saída
 Mais eu faço de você
 Uma necessidade em minha vida
 E quanto mais eu tento me convencer
 Que eu sei muito bem seguir
 Meu caminho sem amor algum
 Mais fácil fica perceber
 Que eu e você
 Há muito já somos um
 enviado por 
fitomaia. as 03:23
 
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        | ::Confidência 
 Me sinto tão vazio, tão modificado
 Tenho dúvidas do que fazer, das palavras para dizer
 Sobre qual tema escrever
 Amor, Solidão, Saudade, Futuro, Presente, Passado...
 Tô precisando é falar de mim
 Tô precisando desabafar
 Procuro me entender, tento me achar
 No meio de todos, no meio do nada
 Neste vasto mundo de fronteira ilimitada
 Não estou mais aqui neste Universo
 Não estou mais comigo, não estou nos meus versos
 Que agora falam por si só
 Que me impedem de entender
 Se sou o único incompreendido, o único a sofrer
 As lágrimas beiram a cair, a caneta treme em minhas mãos
 Por um momento esqueço a vida, a família, os amigos, os irmãos
 E pela janela do quarto olho a Natureza lá fora
 E me sinto aqui preso
 Pela dúvida, pela diferença que em mim ainda mora
 Tento me libertar, aliás, às vezes não penso em outra coisa além disso
 Mas a razão vem (maldita razão) para me alertar, me dar “juízo”
 E agora o pensamento vaga, as idéias escapam
 Os sentimentos se escondem
 Tenho medo do daqui a pouco, do amanhã
 De algo, de alguém, d’algum lugar, de tudo
 E quando penso livrar-me do medo. . . me iludo
 Respiro, penso, tento escrever um pouco mais
 Mas agora a tristeza retorna, o vazio se transforma
 As mãos tremem, a caneta quase não funciona
 Agora tenho vontades, tenho dores, tenho desejos
 São sentimentos múltiplos que me confundem enquanto vejo
 A Natureza lá fora, imponente, senhora de si
 Os pássaros can. . . tan. . . do
 Desculpem-me, mas não pude conter, a lágrima quis cair
 Fico meio sem-jeito de chorar aqui
 Na frente desse papel, dessa caneta, desse texto que estou a escrever
 Mas quem liga, ninguém vai saber
 Tento, retento, penso no que dizer, falar
 Mas as idéias cada vez mais
 V . . . a . . . g . . . a . . . s
 Resolveram me abandonar
 E meu coração vago, não mais que minha terra e meu céu
 Sofre de dúvida, dor que assombra o meu eu
 Invade o Universo, rouba o meu verso
 E faz com que uma lágrima caia sobre este papel
 enviado por 
fitomaia. as 03:22
 
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        | ::O Poema Azul 
 Hoje pensei em escrever um poema azul
 Um bloco monocor de palavras
 Exaltando minha paixão por esta cor de norte a sul
 Para expressar os seus encantos
 A beleza e a imponência singulares
 Que os vermelhos e amarelos não têm
 E descrever cada um de seus tons
 Formando um perfeito degradé
 Que convença até mesmo as outras cores a idolatrar o azul também
 Hoje pensei em escrever um poema azul
 E por um momento
 Meu coração se tornou um barquinho perdido no mais lindo de todos os oceanos
 E por ali queria ficar, velejando por anos e anos
 E quando não mais houvesse meios de se equilibrar e seguir em frente
 Mergulharia naquela perfeita aquarela de azuis
 Para ali descansar eternamente
 Hoje pensei em escrever um poema azul
 E me encontrei batendo as asas e voando serelepe como um pássaro
 Que pela primeira vez explora a mais perfeita criação de Deus: o céu
 E conheci cada pedacinho da imensidão
 Que não serei nunca capaz de descrever em um papel
 Observei o passar das horas
 E o escurecer dos azuis anunciando o anoitecer
 E a cada pedacinho de céu que visitava
 Surgiam mais surpreendentes e belos azuis para eu conhecer
 Hoje pensei em escrever um poema azul
 Mas quando olhei ao meu redor
 Percebi que os verdes, vermelhos e amarelos também tinham sua beleza
 Também eram imponentes e repletos de riqueza
 Mas mesmo assim não eram merecedores de homenagem magistral
 Porque não despertavam em mim amor incondicional
 Amor puro, bonito, imenso
 Cantado de norte a sul
 Amor do tamanho do mundo
 Do mundo que é azul
 enviado por 
fitomaia. as 03:20
 
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        | ::Desilusão 
 Faltam sonhos
 Inspirações e motivos para seguir em frente
 É só pedra e mais pedra
 É só pedra e sol quente
 Falta um brilho especial
 Um sorriso sem compromisso
 Faltam nuvens, faltam flores
 Falta parecer o paraíso
 Só há pressa, multidão
 Pouco tempo, exaustão
 Fome, calor e sede
 Peixe preso na rede
 Falta alegria, descontração
 Faltam neurônios turbinados
 Sobra tanta repetição
 Medo exagerado
 Falta muito, sobra muito
 Nunca se tem o que se quer
 Falta tudo, sobra tudo
 Mas eu peito o que vier
 enviado por 
fitomaia. as 03:19
 
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        | ::Pleno 
 Céu, sol nascente
 Momento de paz
 Minh'alma reluz
 Por fora e por dentro
 Os limites que impus
 Já não existem mais
 Brisa matinal
 Leva as culpas, os medos
 Mais leve
 Em liberdade total
 Fico bem, mas em segredo
 Egoísmo? Sei lá
 Em que difere saber?
 Só não há vontade de reencontrar
 Aquela brisa
 Com os males que não mais quero ter
 Raios imponentes
 Fazem meu ser ensolarado
 Mais seguro, contente
 Que encara o negro, o nublado
 E vence por lógica divina
 É melhor, é mais
 Minh'alma sobe dez degraus acima
 Sou feliz!
 É demais
 enviado por 
fitomaia. as 03:18
 
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        | ::Um Tempo 
 Cacos quebrados
 Pedaços de mim
 Sobras passadas
 Vestígios do fim
 Neblina no céu
 Desespero no olhar
 Chuva, temporal
 E cada lágrima em seu lugar
 Frio, vendaval
 Meu coração congelado
 Destruição total
 Irreconhecível, dilacerado
 Escuridão da noite
 Abandono, solidão
 Bom humor e alegria
 Primeira alucinação
 Dores por todo o corpo
 Na metade ainda presente
 Sinais de putrefação
 Fraco, pálido, deprimente
 O fim de todos os tempos
 A transição, o nunca mais
 Logo ali, a redenção
 E aqui, amor demais
 enviado por 
fitomaia. as 03:16
 
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        | ::O Que Não É 
 E aí como é que vai, por que ainda não morreu
 Engraçado, o mundo inteiro tá melhor do que eu
 Todos cantam, todos riem, tudo está em seu lugar
 Só eu que sofro, eu que grito, eu que não posso amar
 Já não amo e já não quero e já não consigo também
 Sou o poço de todo o fedor e a desdém
 A sobra mais ordinária, a idéia mais canalha
 O que funciona justamente quando todo o resto falha
 O rei, das calúnias, das lorotas
 O errado, indecente,  esquisito, idiota
 O que se assume e se resume em uma única só palavra
 Não posso
 Alegrar-me
 De ser
 Alguém legal
 Pois não sei nem ser alguém, não sei nem ser mortal
 O que vive, o que sofre, o que faz, o que jaz
 O que espera a vida inteira alcançar o nunca mais
 Quisera eu, pudera eu fazer meu mundo girar
 Mas só eu não sei viver, só eu não sei amar
 E dar a alguém um pouquinho de sentimento
 Ha! Ha! Ha! Se é que eu sei do que se trata
 O sentir, o dar, nessa alma que só maltrata
 A si própria e ao resto da civilização
 Que levita, parasita, se contenta com o que lhe dão
 Alma inimiga, mendiga
 Que não sabe se entregar, que não sabe seu lugar
 E faz de mim o coitadinho que não consegue nem amar
 O coitado que se esquece como o mais mísero grão
 O que ninguém reconhece, ninguém dá a mão
 O que sonha escondido, porque  não pode sonhar
 O que pede socorro e ninguém quer salvar
 Que só conhece a diversão quando vê alguém sorrir
 E que se priva das únicas emoções que é autorizado a sentir
 O mais pobre sujismundo, uma pena podre jogada ao léu
 Que se sente um passarinho quando há caneta e papel
 Mas logo vem uma arma para o pássaro matar
 E pra que eu perceba que sou o único que não pode amar
 Que não pode se mexer, nem um segundo, nem um momento
 Que deve se deixar levar por onde soprar o vento
 Porém não me nego, não me cego
 Não troco o não pelo sim
 Pois de qualquer outro modo saberia que sou assim
 O côncavo convexo, completamente sem nexo
 O último a respirar, o inverso do que há
 Não padeço, só reconheço o que me sobrou enfim
 O
 Fardo
 Inaceitável de viver dentro de
 Mim
 enviado por 
fitomaia. as 03:15
 
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        |  |  
        | .a | M |u
 | E  |nor
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 .p
 
 enviado por 
fitomaia. as 03:13
 
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        | ::A Última Declaração 
 O que aconteceu com você
 O que aconteceu com nosso amor
 Onde estão as faíscas que nos incendiavam
 Onde estão os beijos que me torturavam
 Por que é que tudo isso acabou
 Nós sonhávamos com uma vida perfeita
 Nós sonhávamos poder sempre sonhar
 E esses sonhos destruíram nossas vidas
 Os sonhos fizeram você me abandonar
 Agora eu sinto falta de tudo que me fazia te adorar
 Da grandeza da tua sabedoria, do aroma do teu ar
 Do teu cheiro no meu corpo
 O calor do teu toque
 De cada palavra que você me suspirou
 De cada segundo que você me amou
 Agora eu sei que não dá pra não te ter
 Que eu vivo somente porque existe você
 Também sei que você não quer mais assim
 Que o seu sol ainda brilha sem o calor que há em mim
 Só quero que saiba que é por você que sofro tanto
 Por você eu escrevo e derramo este pranto
 Por você eu me esqueço e me deixo pra trás
 Já que alguém novamente não serei nunca mais
 enviado por 
fitomaia. as 03:12
 
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        |   
 enviado por 
fitomaia. as 03:11
 
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        | :: ... 
 Distração
 Confusão total
 Vazio na mente
 Espaço sideral
 Pensamento vago
 Rarefeito
 Concisão?
 O vácuo perfeito
 Continuação?
 Cadê o início?
 Falta de conclusão
 Incontrolável vício
 Perdido no tempo
 Presa fácil
 Sem adrenalina
 Sem sódio e potássio
 Boa noite?
 Condolências
 Distúrbio mental?
 Reticências
 enviado por 
fitomaia. as 03:10
 
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        |  |  
        | ::Para Ela 
 Quero escrever um poema para ela
 Com as mais lindas palavras e as emoções mais sinceras
 Falar-lhe tudo o que sinto
 O que seus encantos causam em mim
 Abrir as portas do meu coração
 E deixar que saltem os íntimos desejos de amor sem fim
 Quero o poema mais bonito
 Que a faça pegar fogo por dentro e desenhe lágrimas em seu olhar
 Quero um poema infinito
 Onde cada letra represente o quanto nossa união irá durar
 Quero um poema perfeito
 Que descreva minuciosamente sua beleza moldada por Deus
 Quero um poema feliz
 Que descreva a sensação dos meus olhos ao encontrar os seus
 Quero que se torne um hino
 Cantado ao redor do mundo para que todos saibam o que por ela eu sinto
 Quero que se torne um símbolo
 E represente o mais puro de todos os sentimentos
 Quero que seja iluminado
 Assim como minha vida, que se tornou um eterno dia ensolarado depois de conhecê-la
 Quero que lembre o céu
 Que visito todas as vezes em que me encontro ao lado dela...
 Quero escrever um poema para ela
 Mas não sei se sou capaz de dar às palavras o formato do meu coração
 Para que, quando lê-lo, ela saiba o que realmente está segurando em suas mãos
 Tentarei enfim concebê-lo, e correrei pros braços dela para ansioso ouvi-la ler
 E então beijá-la, em meu corpo tê-la, e ouvir dela um "AMO VOCÊ"
 enviado por 
fitomaia. as 03:08
 
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        | ::Por Trás Da Porta 
 Andei te escutando por trás da porta
 Esperei descobrir uma verdade torta
 Andei te escutando, e não ouvi nada
 Suas verdades tortas estavam caladas
 Tentei te olhar por trás da porta
 Esperei descobrir uma face morta
 Tentei te olhar, mas nada havia
 Sua morte estava repleta de alegria
 Quis te sentir por trás da porta
 Esperei descobrir uma sensação nova
 Quis te sentir, mas algo me impediu
 Suas sensações novas ninguém jamais descobriu
 Sonhei te querer por trás da porta
 Esperei realizar um sonho incrível
 Sonhei te querer, uma vontade tanta
 Que de nada adianta, pois você é impossível
 enviado por 
fitomaia. as 03:07
 
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        |  |  
        | ::Frígido 
 Esse poema celebra
 A falta de inspiração
 O nada, o ócio
 Da mente e do coração
 Celebra a total
 Ausência de sentimentos
 De aventuras, de prazeres
 Dos bons e melhores momentos
 Esse poema celebra
 O excesso de clichês
 Frase feita, lugar-comum
 O artifício de ser artificial
 A totalidade do nenhum
 Celebra o feio, o insensato
 O marginal, o mais errado
 A estridência de um grito
 E o poema infinito
 Celebra a tristeza, o sofrimento
 O caos no seu estopim
 A frigidez, o ressentimento
 E tudo mais que há em mim
 enviado por 
fitomaia. as 03:06
 
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        | 1.9.02 |  
        |  |  
        | ::Cirque 
 Domingo ensolarado
 Lona armada no gramado
 Refrigerante e pipoca
 A música que a banda toca
 As famílias reunidas
 Respeitável público
 O palhaço colorido
 Gargalhadas em coro
 Os mistérios do mágico
 A pequenez do anão
 A inteligência fantástica
 Do elefante e do leão
 Perigo no globo da morte
 Show de pirotecnia
 O malabarista, o equilibrista
 Mais e mais alegria
 Uma grande surpresa no final
 Um espetáculo belo e rico
 Respeitável público
 O maravilhoso mundo do circo
 enviado por 
fitomaia. as 00:31
 
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        | 18.8.02 |  
        |  |  
        | ::Este poeta Está em greve
 Pois carece de idéias
 Carece de amores
 E até de lápis e papel
 Só tem um peito oco
 E os olhos tão secos
 Que nem se deságuam em rio
 Quando uma nuvem desenha
 O seu nome no céu
 enviado por 
fitomaia. as 03:02
 
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        |  |  
        |  |  
        | ::Dadaísmo de Verão 
 Janeiro
 Verão
 Férias
 Viagem
 Praia
 Carnaval
 Quente
 Inesquecível
 Sal e sol
 Ilha
 Farol
 Alegria
 Euforia
 Sal e sol
 Quente
 Inesquecível
 Ilha
 Farol
 Praia
 Carnaval
 Férias
 Viagem
 Verão
 Janeiro
 enviado por 
fitomaia. as 02:59
 
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        |  |  
        |  |  
        | ::Polaridades 
 Não sei o que me falta
 Não sei o que está além
 Ninguém sabe mais de nada
 Nada se sabe mais de ninguém
 O mundo, o mistério circunflexo
 Que gira sobre mentes livres
 Que ora se enquadram numa prisão
 A vida, o mistério mais complexo
 Que embora tenha um nexo
 Acaba sempre causando confusão
 O amor, quatro letras com a abrangência
 De definir a existência com a excelência
 De um baita palavrão
 O ódio, quatro algos putrefatos
 Capaz de distorcer os lados
 Que envolvem e mantêm uma união
 O sim, a certeza absoluta
 Que no fundo sempre oculta
 Um certo ar de indecisão
 Onde o mundo gira torto
 O amor se acha morto
 Convertendo tudo ao não
 enviado por 
fitomaia. as 02:58
 
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        |  |  
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        | ::Do Outro Lado Da Ponte (Ou O Poema Do Adeus) 
 Tô indo embora
 Aqui já me esgotei, cheguei ao fim
 Não tem mais jeito agora
 Fui eu quem quis que fosse assim
 Tô indo embora
 Porque aqui já falei o que tinha pra falar
 Já cantei o que tinha que cantar
 E já errei bem mais do que podia errar
 Tô indo embora
 Porque aqui não tenho mais ninguém
 E mesmo que lá não tenha também
 É melhor partir agora
 Porque aqui ninguém mais fala minha língua
 Aqui o passado me ameaça
 Aqui não há futuro, há sina
 Aqui não tenho importância, só graça
 Tô indo embora
 Porque não tenho mais lágrimas pra chorar
 Não tenho mais forças pra suportar
 O mundo que desaba ao meu redor
 Tô indo embora
 Porque já perdi demais o juízo
 Agora quero encontrar meu paraíso
 Onde o passar dos dias seja bem melhor
 Onde o sol brilhe mais forte
 E os pássaros cantem felizes, em liberdade
 Onde a dor nunca fica
 Onde a chuva purifica
 Onde não haja saudade
 Da vida que não vivi
 Tô indo embora
 Seguindo o vento, indo em frente
 Pra viver intensamente
 Pra encontrar um pouco de paz
 E tropeçar de vez em quando
 Aprender o que os livros não ensinam
 Porque só a vida é capaz
 Tô indo embora
 E se eu pegar o caminho errado
 E sair do outro lado
 Não há porque desesperar
 É só botar o pé na estrada
 E um destino dentro do peito
 Que um dia eu chego lá
 enviado por 
fitomaia. as 02:57
 
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        |  |  
        |  |  
        | ::Não podia deixar de publicar esse poema abaixo, afinal, foi o primeiro que escrevi, lá pelos 12 anos de idade (hoje sou um velho de 19 anos). Como já disse outras vezes, não é o poema dos poemas, mas tem um enorme valor histórico-sentimental. 
 ::Menino Do Carrinho
 
 O carrinho do menino
 Era ali tão pequenino
 Mal sabia do destino
 Dado por julgamento divino
 
 O menino do carrinho
 Não é mais o de antes
 Outrora, quando pequenino
 Tinha idéias insignificantes
 Agora seu raciocínio
 É frio e mirabolante
 
 O menino do carrinho
 Que pena não existe mais
 Adolesceu, é homenzinho
 Já acha saber o que faz
 
 E o carrinho do menino
 Tão infantil, tão pequenino
 Foi esquecido pelo destino
 E ficou lá pra trás
 enviado por 
fitomaia. as 02:50
 
..................................................................................
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 |  
        
        | 11.5.02 |  
        |  |  
        | ::O Sonho Da Gente 
 A gente sonha, a gente quer
 A gente luta pra chegar lá
 Conquistar objetivos, mudar o mundo de lugar
 A gente anseia o paraíso
 Desafia a razão, perde o juízo
 A gente vence o bem e o mal
 A gente vai até o final
 A gente não pode é parar no meio
 Olhar pra trás quando a gente ainda não pode enxergar
 Porque a gente acha que não valeu o que já veio
 E que os sonhos foram feitos somente pra sonhar
 A gente não pode é derramar um pranto
 Por aquilo que não foi como era pra ser
 A gente não deve é sofrer tanto
 Pelo que não dá mais pra refazer
 A gente tem é que curar as feridas
 E não sofrer muito por apenas uma
 Porque muitas outras virão
 A gente tem é que acrescentá-las a vida
 Não como um fardo, e sim como uma lição
 Que a gente deve rever todo dia
 Que a gente deve, se possível, até decorar
 Pra poder ir tranqüilamente por onde o coração nos guia
 E pra gente nunca mais ter que parar de sonhar
 enviado por 
fitomaia. as 03:14
 
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        | ::Meus Versos 
 Vejo os versos de ontem
 E me sinto um tolo por tê-los escrito
 Tão vazios
 Tão medíocres
 Tão pobres
 Tão meus
 Combinações de estranhas palavras
 Fusão do papel com o meu eu
 Momento de angústia, ansiedade
 Ausência de paz
 A inquietação que me leva a escrever
 Os versos que jamais quis ter escrito
 Os versos que não sei escrever
 As estrofes que não sei construir
 As rimas que não sei rimar
 Os corações que não consigo tocar
 As lágrimas que não consigo derramar
 Nos olhos da meia dúzia de leitores meus
 Dos meus versos
 Tão feios
 Tão desafinados
 Tão tortos
 Tão cheios de mim
 Que já chego a me confundir
 A me perder entre eles
 Entre os versos de ontem, de anteontem
 De muito antes, talvez os primeiros
 Os mais bobos
 Os mais importantes
 Os culpados por tantos outros
 Os inesquecíveis...
 Me perco
 E construo os momentos da minha vida em forma de poesia
 Onde cada palavra é um dia
 Cada verso uma semana
 Cada estrofe um mês
 Cada poema um ano
 Formando o quebra-cabeças da minha história
 Com seus altos e baixos, derrotas e glórias
 O passar do tempo
 Dias, semanas, meses, anos
 O construir de páginas tão cheias de nada
 Tão inocentes
 Tão burras
 Tão desejosas
 Tão solitárias
 Sim, há uma imensidão que as separa de tudo
 Que as deixa isoladas, orbitando em torno da existência
 Querendo ser algo mais
 Querendo representar algo mais
 Querendo ser
 Pois neste livro da minha vida
 Repleto de páginas inexistentes
 Não há um poema
 Uma estrofe
 Um verso
 Uma palavra
 Que não tenha exigido de mim
 Sucessivos sacrifícios de minha alma
 Entrega total ao que era feito
 Aos meus versos
 Tão simples
 Tão incompreensíveis
 Tão tímidos
 Tão mínimos
 Tão pouco
 Tão insignificantes
 E justamente por isso
 Tão perfeitamente meus
 enviado por 
fitomaia. as 03:06
 
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        | ::E Agora Sou Um Apaixonado 
 Voei rumo a felicidade
 Como quem procura
 Um que para continuar
 Esqueci toda a saudade
 Que apertava meu peito
 Até me esmagar
 Procurei um sentimento
 Que me desse toda a alegria
 Que um sentimento pode dar
 Logo pensei no amor
 E quando fui a procura dele
 Encontrei você por lá
 E agora
 Te amo bem mais do aquela hora
 Em que te encontrei na solidão
 Carregando a chave do meu coração
 E agora
 Eu sou feliz
 Bem mais do que algum dia eu pensei
 Bem mais do que algum dia eu quis
 E agora
 Sou um apaixonado
 Como nunca tinha pensado ser
 Nunca
 Por nunca antes ter encontrado você
 enviado por 
fitomaia. as 03:05
 
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