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5.5.06

enviado por fitomaia. as 12:10

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enviado por fitomaia. as 12:08

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25.1.06



PQP1024

enviado por fitomaia. as 23:45

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enviado por fitomaia. as 00:36

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enviado por fitomaia. as 00:10

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24.1.06

enviado por fitomaia. as 06:54

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PQP




stripe

enviado por fitomaia. as 06:40

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30.11.05

enviado por fitomaia. as 16:22

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24.7.05

:o)

enviado por fitomaia. as 06:00

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PQP!!!

enviado por fitomaia. as 05:07

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3.7.03
TESTETESTETESTE

enviado por fitomaia. as 02:21

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31.5.03
Testeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee

enviado por fitomaia. as 14:25

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Template

enviado por fitomaia. as 14:23

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24.5.03
teste

enviado por fitomaia. as 03:40

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Fala, Jê! Q q tu manda?
Ó, cara, tô te emeiando pra dizer q a situação aqui embaixo tá K.B.Luda, meu. No Rio entaum, puta que o pariu (com todo respeito à tia Maria)!!! Mas a galera do morrão tá apavorando, sabe. É um tiroteio atrás do outro, só presunto na televisão e uma governadora saída do gibi do Chico Bento q pensa q ainda tá na roça e q não faz porra nenhuma. Tá foda mesmo...
Hj teve tiroteio aqui perto de casa e eu vi a cobra segurar o tchan. Nossa, fiquei azul fluorescente. Daí resolvi te mandar uma idéia pq não tinha mais pra quem pedir uma força. Pô, tu tem a manha do negócio né, bota mó moral. Vê se dá pra melhorar o meu lado aqui, e o da geral aqui do Rio. Sempre me falaram q tu curte qdo a gente pede pra todo mundo, q nem rola esse lance de olhar só pro próprio umbigo pq tu finge q não é contigo. Entaum, peço em nome da galera da cidade maravilhosa, olha pra gente. Dá uma proteção aí pra gente poder sair na rua sem cagaço, poder ir pra aula sem medo de q entre um despirocado pra meter bala em todo mundo, pra tentar ter uma vida normal.
Nem quero paz não. Acho mó balela essas caminhadas pela paz e essas propagandinhas de artista da globo fazendo pombinha da paz c/as mãos. Só não quero ter a sensação d q abriram a porta do inferno e q o teu concorrente lá dominou geral. Isso aqui já virou guerra há mó tempão, só q eu ainda não sei quem é o bem e quem é o mal, tomando como classificação a daquele debilóide gringo, o George W. Hitler (acho é isso...)
Se tu tiver muito ocupado, vê se tem algum chapa teu q dê conta do recado. Pedrão, Toninho, Bastião (q tá até no nome da cidade), Chico ou Jorginho, q é padroeiro do Rio, sei lá, qq um. Só não me deixa na mão, cara.
Qq coisa, c sabe onde me achar...

enviado por fitomaia. as 02:59

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now or never...

enviado por fitomaia. as 02:53

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psycho?????

enviado por fitomaia. as 02:50

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wowwwwwwwwwwwww

enviado por fitomaia. as 02:43

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Tes-te-!

enviado por fitomaia. as 02:39

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18.5.03
olha só!

enviado por fitomaia. as 02:07

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one more time, baby!

enviado por fitomaia. as 01:45

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NEWWWWWWWWWWW

enviado por fitomaia. as 01:42

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novo teste

enviado por fitomaia. as 01:33

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teste de banner

enviado por fitomaia. as 01:02

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9.5.03

Últimas Notícias - Estadão


enviado por fitomaia. as 00:15

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Últimas Notícias


Últimas Notícias - Estadão



enviado por fitomaia. as 00:12

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6.5.03
xxxxxxxxxxxxx

enviado por fitomaia. as 12:14

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testando cor

enviado por fitomaia. as 12:09

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4.5.03
enésimo teste!

enviado por fitomaia. as 03:01

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ten-tan-do!

enviado por fitomaia. as 02:58

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novo acerto!

enviado por fitomaia. as 02:48

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Acertando template!!!

enviado por fitomaia. as 02:21

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1.11.02
::O fim de um poema sem início

Hoje entro novamente em cena
Para com grandes palavras escrever esta poesia pequena
E provando que o óbvio não é tão certo assim
Não farei com que este texto tenha este verso como fim


Embromando mais um pouco, gasto o tempo de quem lê
Esta fútil “poesia”, e me pergunto why, por quê
Tirei o branco desta folha com um texto assim
Que começou sem início e que parece não ter fim


A cada grande palavra desta pequena poesia
Mais me escapam as idéias e me falta harmonia
Para arrancar todas as palavras que há dentro de mim
Para fazer meu grande pequeno texto chegar logo ao fim


Tentei começar este texto, mas quando vi já estava no meio
Foi quando parei e percebi que a luz realmente não veio
E este que vos fala só agora se tocou
Que sua grande pequena poesia finalmente acabou


enviado por fitomaia. as 01:37

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O poema
Do poema
O nada
Do nada

O poema
Do nada
O nada
Do poema


De poema:
nada
De nada:
poema

enviado por fitomaia. as 01:36

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::Hoje eu vi o meu amor

Hoje eu vi o meu amor
De mãos dadas com o pecado
Correndo pro outro lado
Tentando fugir de mim


Hoje eu vi o meu amor
Me comprando um nariz de palhaço
Querendo a largos passos
Pular do começo pro fim


Hoje eu vi o meu amor
Em sua nova rota
Com uma placa de IDIOTA
Para me presentear


Hoje eu vi o meu grande amor
Tão baixo, tão pequeno
Cuspindo fogo e veneno
Tentando me culpar


Hoje eu vi o meu amor
Me apunhalando pelas costas
Causando fratura exposta
Onde nem osso há


Hoje eu vi o meu grande amor
Cor de melancia
Ao saber que eu sabia
Que ele não sabia amar


Hoje eu vi o meu amor
Rolando escada abaixo
Quebrando todos os ossos
Morrendo sem dar adeus


Hoje eu vi o meu amor
Na fila da prestação
Pagando por cada tostão
Do par de chifres que me deu

enviado por fitomaia. as 01:35

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::A Revelação


E sentou-se no chão, gemeu, chorou. Pensava em como sua vida poderia ter sido muito mais do que aquela monotonia em que se tornara. Há anos era tudo igual. Há anos as paredes eram brancas. Há anos os livros ficavam arrumados na mesma ordem na estante. Há anos o mural de fotos não via uma cara nova. Há anos o único troféu que ganhara olhava para ela todos os dias, do mesmo lugar. Há anos o abajur estava quebrado. Há anos adiava os planos de realizar mudanças. Há anos tinha deixado de ser feliz.

E só agora se dava conta de que poderia ser tarde demais para começar as reformas do quarto e do coração. As paredes já não tinham o mesmo brilho de outrora. Seu rosto já não tinha a mesma juventude. O mofo já tomara conta de todos os cantos do quarto. O sofrimento já tomara os lugares da vivacidade, da alegria e do amor em seu coração. Refletiu e chegou a cruel conclusão de que sua vida havia mudado sim. Para pior. E agora nem era mais vida. Era um estado de existência qualquer que não tinha a excelência, a grandiosidade do viver.

Tentava encontrar algum motivo que tivesse levado sua vida a tomar esse caminho. O caminho da não-vida. Por horas ficou ali, sentada, no chão daquele quarto que já conhecia minuciosamente, como se estivesse a observá-lo pela primeira vez. E realmente nunca o tinha enxergado de tal maneira. Ao ver cada pedaço de seu pequeno paraíso em estado de decomposição é que percebeu como o tempo havia passado ali também. Pois costumava pensar que se ficasse trancada entre aquelas paredes o quanto quisesse, o tempo jamais passaria, ou passaria tão longe que não se esforçaria para bater na porta de seu quarto. Como estava enganada!

Chegou à idade adulta totalmente inexperiente, sem conhecer uma das mais descompromissadas e divertidas fases da vida. Nunca saíra com amigas à noite pra dançar. Nem tinha muitas amigas. Nunca tinha tomado um porre daqueles que fazem você acordar no dia seguinte na sua cama sem sequer saber como chegou lá. Nunca tinha levantado a voz para os pais ou para os irmãos – tinha agora dois – para impor uma vontade ou expressar uma opinião sem que fosse questionada. Nunca tinha tirado uma nota baixa no colégio. Nunca tivera um namorado. O único beijo na boca que dera foi, na verdade, roubado. De um príncipe? Não, de um sapo, mas precisamente do garoto mais feio e nojento do colégio. Nunca contou pra ninguém. Para as amigas ela era também “virgem de boca”, sem dúvida alguma a mais careta do pedaço, título do qual não tinha o menor orgulho. No fundo, tudo o que ela queria ser igual, ter uma vida semelhante às de suas amigas. Mas quanto mais tentava mudar, menos conseguia.

Subitamente, em meio às suas reflexões, surgiu um fato que pareceu-lhe ser o marco inicial de seu caminho decadente: as fotos espalhadas pelo chão. Já havia se passado sete anos, mas a lembrança detalhada de cada uma das fotos não havia saído de sua mente. A sensação era de que tudo estava ocorrendo outra vez, naquele exato momento. A sensação era ao mesmo tempo um misto de incompreensão, sufocada em seguida por uma visão clarividente e horripilante de tudo, acompanhadas pelo surgimento de um ódio em proporções tão imensas quanto o fato exigia. A sensação era de que acabara de chegar daquela colônia de férias, sorriso de orelha a orelha, brilho digno de diamante nos olhos, corrida serelepe rumo à sua casa e aparentemente ninguém lá. A sensação era de que abria as portas e não achava ninguém. A sensação era de que ao abrir a porta do quarto dos pais, ouviria o barulho do pai no banho e encontraria as fotos.

As fotos espalhadas pelo chão. Mostrando uma realidade bem distante da de uma mente de puros 11 anos: seu pai, que de início se recusou a reconhecer naquelas imagens, numa celebração de sua superioridade, abusando de todas as formas imagináveis do menino. O irmão dela. Seu terceiro irmão, o mais indefeso, o mais impotente diante daquilo tudo e por isso mesmo o escolhido minuciosamente pelo predador. A incapacidade que tinha de expressar pela voz e pelos gestos toda a dor que sentia fez com que o menino tirasse a própria vida dois dias depois. Aos nove anos de idade. O pai conseguiu chorar a morte do menino ao lado da esposa e dos agora três filhos como se não tivesse parcela alguma de culpa na tragédia que abalou a família. Afinal, ninguém jamais saberia...

E ninguém jamais soube. Porque ela afogou dentro da memória as mesmas lembranças das fotos espalhadas pelo chão que sete anos depois voltavam a aparecer. Na época não quis contar tudo e ser ela a responsável pela total desestruturação da família já tão abalada. O tempo passou e as lembranças se tornaram um áspero nó em torno de seu pescoço, que a sufocava e a impedia de viver normalmente. A reclusão, o afastamento do mundo foi a saída natural que encontrou para que o nó afrouxasse um pouco. Abdicou de sua vida em prol da felicidade de uma família que fingia ser feliz.

Mas a vida a partir dali foi tão lenta e negativamente gradativa que ela sequer recordava do marco inicial daquele pesadelo. Passou a se arrastar contra os dias para que eles não a levassem de vez e aos poucos se esqueceu dela mesma. Ia somente ao colégio pra parecer que tinha uma vida. E se dedicava aos estudos como se decorar as leis de Newton e os nomes de todas as figuras de linguagem fossem uma válvula de escape para a dor, a garantia de que o nó não seria apertado. Mas não fazia novas amizades, não cuidava da aparência, não se divertia. Isolou-se num período qualquer do tempo e ali ficou vivendo um conto de fadas às avessas. Morria aos poucos na esperança de que algo inesperadamente lindo mudasse sua vida. Sete anos e nada.

Foi quando despertou do sonho e sentou-se no chão, gemeu, chorou. Tinha olhado à sua volta e percebido que o quarto o qual exaustivamente habitara nos últimos sete anos estava a ponto de desmoronar. Caiu em si e o pranto que rolou de seus olhos era por tudo que não viveu, era por seu irmão, era por não ter contado o que ninguém jamais saberia, era por ter que odiar eternamente o próprio pai. Viu sua vida inteira passar diante dos olhos em dois minutos, revelando-lhe todos os porquês, revelando-lhe o passo seguinte.

Não pensou duas vezes. Furou o pulso esquerdo e com o sangue que dele escorria assinou a carta que há sete anos escrevera revelando a que ponto a crueldade do pai fora capaz de chegar. Terminou de triturar os pulsos e implorou por perdão no mais alto grito que conseguiu dar. Quando a porta foi arrombada foram encontrados um quarto em ruínas, um corpo frio e pálido, um rio de sangue, uma carta e as fotos espalhadas pelo chão.


enviado por fitomaia. as 01:34

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27.9.02
::Você Se Foi

Você se foi
Pra bem mais longe de onde eu possa te encontrar
Nem disse adeus
Não sei como achou que eu não ia notar
E eu me perdi
No meio de infinitas dúvidas, procurando um porquê
Não me encontrei
E agora a culpa que eu nem sei se tenho quer me corroer
Nenhum motivo
Nenhum sinal
Nada me revela o que te levou daqui
Nenhum destino
Nenhum ideal
Num labirinto interminável, não sei pra onde ir
Você deixou
Um cheiro doce no meu quarto e um rombo enorme no meu coração
Nem se tocou
Que o que existia entre nós era bem mais que uma atração
Trancou a porta
E colocou em universos diferentes dois corpos que há pouco eram um só
Deixou aberta
Uma tristeza no meu olhar e a certeza de que não fiz o meu melhor
Nenhuma dúvida
Ou preocupação
Nem hesitou em partir e me deixar pra trás
Nenhuma esperança
Nenhuma ilusão
Nada que alimentasse meu desejo de vê-la uma vez mais
Você se foi
E aqui deixou
Um cais vazio
Num porto seguro onde pela eternidade juntos poderíamos viver
Você se foi
E nem deixou
Que eu dissesse que pra sempre vou estar aqui
Esperando por você

enviado por fitomaia. as 03:40

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::P R O C U R A - S E

Procura-se um amor urgente
Capaz de fazer palpitar o mais indiferente dos corações
Não há que ser tão bela ou inteligente
Mas há que roubar os sentidos e confundir as emoções
Procura-se um amor
Que só queira de presente a presença do ser amado
Que confidencie a ele as melhores aventuras e os piores pecados
Que saiba sempre perdoar e pedir perdão
Que saiba ser amante e companheira na mesma proporção
Procura-se um amor
Que não tenha prazo de validade ou contra-indicação
Que não queira em troca de seu amor a liberdade do ser amado em questão
Que só exija soluções para o que pode ser solucionado
Que não crie uma catástrofe caso um “bom dia” não lhe seja dado
Não há que saber cozinhar, lavar e passar perfeitamente
Mas há que saber decifrar pelo olhar o que o seu companheiro sente
Não há que ter dotes artísticos ou nenhuma outra vocação
Mas há que saber a cada dia somar mais amor dentro do coração
Procura-se um amor
Que seja capaz de enfrentar o mundo
Para impedir seu amado de derramar uma só lágrima de tristeza ou de dor
Que sofra e sorria com ele
Mas que saiba amenizar seu sofrimento e trazer-lhe quanto mais felicidade possível for
Procura-se um amor urgente
Que traga de volta à vida um agonizante coração
Que seja capaz de devolver a um poeta o seu dom e a sua inspiração
Não há que ser perfeito
E caso não cumpra à risca os requisitos desse anúncio que aqui se faz
Que seja apenas um amor
Sincero
Puro
E eterno
E nada mais

enviado por fitomaia. as 03:38

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::Pierrô

Pierrô sozinho no salão
A festa que nunca começou
Alegria em extinção
Pouca paz, nenhum amor
Pierrô sozinho no salão
Sem confete e serpentina
Uma lágrima no chão
Saudades da Colombina
Que com o Arlequim foi embora
Levou os sorrisos da multidão
Ficaram um coração pedindo esmola
E o Pierrô sozinho no salão

enviado por fitomaia. as 03:36

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::Insônia

Nenhum amor platônico
Nenhum amor perdido
Nenhuma feliz chegada
Nenhuma árdua despedida
Nenhuma bela paisagem
Nenhuma bela personagem
Nenhuma sensação
Nenhuma inspiração
Só um corpo na cama
Cansado
Pesado
Soninho
Sozinho
E o sol lá fora

enviado por fitomaia. as 03:35

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::Joguei meu passado no lixo

Joguei meu passado no lixo
Me desfiz de tudo
As lembranças
De quem eu fui
De quem ainda sou
Rabiscos, cálculos, teorias
Foram tantos, eram tantos
E nada ficou

Joguei no lixo
O pretérito imperfeito
E o mais-que-imperfeito
Perfeito nunca foi...
Eu que era perfeito!
Sabia de tudo de uma só vez
Eu que era perfeito?
Era o 1 + 1 = 3

Joguei no lixo
A papelada toda
E os neurônios que nela deixei
As horas a fio decodificando
O que eu não sabia
E não sei

Enfiei no fundo do lixo
Os dias que deixei de viver
O medo
O relógio adiantado
O olhar lacrimejante

Enfiei no lixo
O espelho
A feiúra em conserva
A perna-de-pau
O crânio
E o esqueleto restante

Enterrei no fundo do lixo
Os abutres
As jararacas
E os urubus

Enterrei e fiquei de luto (por)
Uns anjos meus
Que se foram sem pedir permissão
Sem dar adeus

Joguei meu passado no lixo
Mas para não ficar com a estante vazia
Deixei as estrofes
E as melodias
Com as quais vou tentar construir do meu jeito
O presente-mais-que-perfeito

Joguei meu passado no lixo
Enfiei tudo num saco
E levei pra bem longe
O lado vil do dilema

Joguei no lixo
O passado que nunca tive
O passado que ainda pensa que vive
Nos versos desse poema

enviado por fitomaia. as 03:33

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::Encontro

Amanhã, se eu te encontrar
Talvez não tenha buquê de rosas
Ou outro agrado para te ofertar
Mas tenho boca e braços
Não vêm com brilhos e laços
Mas dão tantos beijos e abraços
Que nada mais preciso será
Amanhã, se eu te encontrar
E não vir em ti aquele sorriso
Tão comum, que nem preciso
Me esforçar para podê-lo ganhar
Te darei logo um aviso
De que sem a doçura do teu riso
Mais longe fica o paraíso
Para onde quero te levar
Amanhã, se eu te encontrar
E perceber que dentro de ti
Não és capaz de por mim sentir
O mesmo amor que por ti em mim há
Então te darei o eterno adeus
E na insaciável fome de beijos teus
Morrerei da dor que é o amar

enviado por fitomaia. as 03:30

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::Quase

Quase fui ao topo
Quase cheguei lá
Quase mudei meu mundo
De conceitos, de lugar
Nesse quase-não-quase
Ralei a cara no chão
Abriram-se algumas feridas
Que iam até no coração
Quase dei pirueta
De alegria, de alívio
Quase cantei vitória
Quase dei assovio
E foi no quase-não quase
Que eu fechei as pernas
Fiquei parado
Calei a boca
E fingi que eu quase não sabia
Que eu quase tinha chegado lá

enviado por fitomaia. as 03:28

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::O Primeiro Pranto

Hoje eu desabafo
Como se há mais de séculos eu não o fizesse
Hoje eu me entrelaço
Nas linhas desse texto como se assim eu quisesse
Simbolizar o quão confuso o momento está
Representar os rumos que a vida pode levar
Ah, e são tantos! . . .
Ontem eu me vi à beira de um sonho
A um passo da fronteira entre ilusão e realidade
Hoje o que me proponho
É não derramar tantas lágrimas por não estar em liberdade
Pra sonhar, esperançar, buscar nos delírios a fuga mais pura
Dos desejos, desafios, da rotina que tortura
Tortura. . . a ponto de embaraçar os pensamentos
Atropelar as alegrias, enegrecer os bons momentos
Tortura e não pára, alegra-se em prosseguir
Até que as lágrimas não se contenham e comecem a cair
E elas se vão . . . convertem em rios minha dor, minha solidão
Eu que há bem pouco tinha o brilho do mais reluzente metal
Agora me acho perdido num labirinto continental
Onde só existe um ser
E uma única saída a se achar
Onde só há o sofrer
E tudo que a ele pode nos levar . . .
. . .E aquele que há bem pouco era o rei
O expert na junção melódica das palavras
Agora já as desordena, num desafino que entristece quem as cantava
Para todos os lados, por todo lugar
E a cada instante, mais eu vejo minha imagem se distanciar
De todos que me cercavam, os poucos que ainda estavam ao meu lado
Que deixaram um rastro nebuloso, triste, assustador, gelado
Se distanciando daquele que eles tinham que aturar
Das palavras venenosas que ele estava sempre a destilar . . .
. . . Por isso hoje eu desabafo, esqueço a timidez
E tento me declarar como se fosse a primeira vez
Como se fossem esses meus primeiros suspiros que vão se eternizar
E como se essas velhas companheiras
Fossem as primeiras lágrimas que eu estivesse a derramar
Como se fosse a primeira desilusão, a primeira sensação de dor
Como se fosse meu o meu coração, e como se nele houvesse amor. . .
. . . Desabafo e digo que o que melhor sei é sofrer
Exclamar minhas desilusões com toda a intensidade que ainda posso ter
Desilusões, que quando caladas, se comprimem e dão peso a meu vago coração
Mas, que quando livres, linhas suficientes para se abrigarem não encontrarão
E vão se perder rumo ao infinito, à imensidão
Assim como meu pranto e minha inspiração
Que se iniciam com um descontentamento, uma inquietação dentro de mim
E que só hão de me deixar quando em meus versos for escrita a última lágrima
Meu fim

enviado por fitomaia. as 03:27

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::As Estrofes Da Minha Vida

Minha vida são estrofes
Onde as fiéis amigas letras
Brincam cada instante, cada dia
E se reúnem para formar palavras
Repletas de alegria
E amor, paz e sabedoria
São constantes sensações
Que minhas estrofes declamam
Em belíssimas declarações
E dificilmente minhas estrofes
Choram de tristeza
Costumam, ao contrário,
Exaltar muita beleza
E na paz que as recebo
Sem economizar harmonia
Formo com as estrofes da minha vida
A mais bela poesia

enviado por fitomaia. as 03:25

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::Astronauta

O mundo parece bem melhor
Quando olhado de fora
Quando ultrapassamos as fronteiras
Nos libertamos para o novo
E quem não quer o novo?
Ah, como é difícil o novo!
As surpresas, os desafios
Se tornam maiores
Quando as mentes que nos rodeiam
São velhas
E menores
Queria ser astronauta!

enviado por fitomaia. as 03:24

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::Um

Corri o quanto pude
Evitei parar e refletir
Sem aviso fui embora
Sem nem ter pra onde ir
Deixei tudo pra trás
Os restos da ilusão
Na bagagem esperança
Um tênis velho e o coração
Que ainda grita o teu nome
Desesperadamente
Que ainda desperta em mim
Os desejos mais ardentes
Cada vez que me lembro
Da tua pele, do teu calor
Dos beijos inebriantes
Das carícias de amor
Dos prazeres mais íntimos
Que estavam em jogo
Da metáfora recorrente:
Nós dois pegando fogo
E queimando, queimando...
Até não sobrar nada
Só cinzas e dor
E uma porta aberta rumo à estrada
Na qual eu corro, corro...
Tento fugir de mim
Negar cada sentimento
Pra recomeçar enfim
...Ah, se fosse fácil
Deixar o mundo pra trás
E fazer tudo de novo
Já sabendo como se faz
É um desejo perfeito
Mas o coração dentro do peito
É burro, é torto, incapaz
E em vez de querer a revolta
Tenta o caminho de volta
Pra viver o que não dá mais
E me faz sofrer, faz chorar
Enquanto corro estrada afora
A distância dos corpos aumenta
A lembrança fica, mora
E eu fujo, fujo, fujo...
Numa correria vã
Cujo fim sempre será
Amanhã... Amanhã...
Pois quanto mais eu me afasto
Mais me sinto dependente
Do teu carinho
Dos teus abraços
Do teu corpo envolvente
Quanto mais eu tento achar
Um novo rumo, uma nova saída
Mais eu faço de você
Uma necessidade em minha vida
E quanto mais eu tento me convencer
Que eu sei muito bem seguir
Meu caminho sem amor algum
Mais fácil fica perceber
Que eu e você
Há muito já somos um

enviado por fitomaia. as 03:23

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::Confidência

Me sinto tão vazio, tão modificado
Tenho dúvidas do que fazer, das palavras para dizer
Sobre qual tema escrever
Amor, Solidão, Saudade, Futuro, Presente, Passado...
Tô precisando é falar de mim
Tô precisando desabafar
Procuro me entender, tento me achar
No meio de todos, no meio do nada
Neste vasto mundo de fronteira ilimitada
Não estou mais aqui neste Universo
Não estou mais comigo, não estou nos meus versos
Que agora falam por si só
Que me impedem de entender
Se sou o único incompreendido, o único a sofrer
As lágrimas beiram a cair, a caneta treme em minhas mãos
Por um momento esqueço a vida, a família, os amigos, os irmãos
E pela janela do quarto olho a Natureza lá fora
E me sinto aqui preso
Pela dúvida, pela diferença que em mim ainda mora
Tento me libertar, aliás, às vezes não penso em outra coisa além disso
Mas a razão vem (maldita razão) para me alertar, me dar “juízo”
E agora o pensamento vaga, as idéias escapam
Os sentimentos se escondem
Tenho medo do daqui a pouco, do amanhã
De algo, de alguém, d’algum lugar, de tudo
E quando penso livrar-me do medo. . . me iludo
Respiro, penso, tento escrever um pouco mais
Mas agora a tristeza retorna, o vazio se transforma
As mãos tremem, a caneta quase não funciona
Agora tenho vontades, tenho dores, tenho desejos
São sentimentos múltiplos que me confundem enquanto vejo
A Natureza lá fora, imponente, senhora de si
Os pássaros can. . . tan. . . do
Desculpem-me, mas não pude conter, a lágrima quis cair
Fico meio sem-jeito de chorar aqui
Na frente desse papel, dessa caneta, desse texto que estou a escrever
Mas quem liga, ninguém vai saber
Tento, retento, penso no que dizer, falar
Mas as idéias cada vez mais
V . . . a . . . g . . . a . . . s
Resolveram me abandonar
E meu coração vago, não mais que minha terra e meu céu
Sofre de dúvida, dor que assombra o meu eu
Invade o Universo, rouba o meu verso
E faz com que uma lágrima caia sobre este papel

enviado por fitomaia. as 03:22

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::O Poema Azul

Hoje pensei em escrever um poema azul
Um bloco monocor de palavras
Exaltando minha paixão por esta cor de norte a sul
Para expressar os seus encantos
A beleza e a imponência singulares
Que os vermelhos e amarelos não têm
E descrever cada um de seus tons
Formando um perfeito degradé
Que convença até mesmo as outras cores a idolatrar o azul também
Hoje pensei em escrever um poema azul
E por um momento
Meu coração se tornou um barquinho perdido no mais lindo de todos os oceanos
E por ali queria ficar, velejando por anos e anos
E quando não mais houvesse meios de se equilibrar e seguir em frente
Mergulharia naquela perfeita aquarela de azuis
Para ali descansar eternamente
Hoje pensei em escrever um poema azul
E me encontrei batendo as asas e voando serelepe como um pássaro
Que pela primeira vez explora a mais perfeita criação de Deus: o céu
E conheci cada pedacinho da imensidão
Que não serei nunca capaz de descrever em um papel
Observei o passar das horas
E o escurecer dos azuis anunciando o anoitecer
E a cada pedacinho de céu que visitava
Surgiam mais surpreendentes e belos azuis para eu conhecer
Hoje pensei em escrever um poema azul
Mas quando olhei ao meu redor
Percebi que os verdes, vermelhos e amarelos também tinham sua beleza
Também eram imponentes e repletos de riqueza
Mas mesmo assim não eram merecedores de homenagem magistral
Porque não despertavam em mim amor incondicional
Amor puro, bonito, imenso
Cantado de norte a sul
Amor do tamanho do mundo
Do mundo que é azul

enviado por fitomaia. as 03:20

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::Desilusão

Faltam sonhos
Inspirações e motivos para seguir em frente
É só pedra e mais pedra
É só pedra e sol quente
Falta um brilho especial
Um sorriso sem compromisso
Faltam nuvens, faltam flores
Falta parecer o paraíso
Só há pressa, multidão
Pouco tempo, exaustão
Fome, calor e sede
Peixe preso na rede
Falta alegria, descontração
Faltam neurônios turbinados
Sobra tanta repetição
Medo exagerado
Falta muito, sobra muito
Nunca se tem o que se quer
Falta tudo, sobra tudo
Mas eu peito o que vier

enviado por fitomaia. as 03:19

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::Pleno

Céu, sol nascente
Momento de paz
Minh'alma reluz
Por fora e por dentro
Os limites que impus
Já não existem mais
Brisa matinal
Leva as culpas, os medos
Mais leve
Em liberdade total
Fico bem, mas em segredo
Egoísmo? Sei lá
Em que difere saber?
Só não há vontade de reencontrar
Aquela brisa
Com os males que não mais quero ter
Raios imponentes
Fazem meu ser ensolarado
Mais seguro, contente
Que encara o negro, o nublado
E vence por lógica divina
É melhor, é mais
Minh'alma sobe dez degraus acima
Sou feliz!
É demais

enviado por fitomaia. as 03:18

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::Um Tempo

Cacos quebrados
Pedaços de mim
Sobras passadas
Vestígios do fim
Neblina no céu
Desespero no olhar
Chuva, temporal
E cada lágrima em seu lugar
Frio, vendaval
Meu coração congelado
Destruição total
Irreconhecível, dilacerado
Escuridão da noite
Abandono, solidão
Bom humor e alegria
Primeira alucinação
Dores por todo o corpo
Na metade ainda presente
Sinais de putrefação
Fraco, pálido, deprimente
O fim de todos os tempos
A transição, o nunca mais
Logo ali, a redenção
E aqui, amor demais

enviado por fitomaia. as 03:16

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::O Que Não É

E aí como é que vai, por que ainda não morreu
Engraçado, o mundo inteiro tá melhor do que eu
Todos cantam, todos riem, tudo está em seu lugar
Só eu que sofro, eu que grito, eu que não posso amar
Já não amo e já não quero e já não consigo também
Sou o poço de todo o fedor e a desdém
A sobra mais ordinária, a idéia mais canalha
O que funciona justamente quando todo o resto falha
O rei, das calúnias, das lorotas
O errado, indecente, esquisito, idiota
O que se assume e se resume em uma única só palavra
Não posso
Alegrar-me
De ser
Alguém legal
Pois não sei nem ser alguém, não sei nem ser mortal
O que vive, o que sofre, o que faz, o que jaz
O que espera a vida inteira alcançar o nunca mais
Quisera eu, pudera eu fazer meu mundo girar
Mas só eu não sei viver, só eu não sei amar
E dar a alguém um pouquinho de sentimento
Ha! Ha! Ha! Se é que eu sei do que se trata
O sentir, o dar, nessa alma que só maltrata
A si própria e ao resto da civilização
Que levita, parasita, se contenta com o que lhe dão
Alma inimiga, mendiga
Que não sabe se entregar, que não sabe seu lugar
E faz de mim o coitadinho que não consegue nem amar
O coitado que se esquece como o mais mísero grão
O que ninguém reconhece, ninguém dá a mão
O que sonha escondido, porque não pode sonhar
O que pede socorro e ninguém quer salvar
Que só conhece a diversão quando vê alguém sorrir
E que se priva das únicas emoções que é autorizado a sentir
O mais pobre sujismundo, uma pena podre jogada ao léu
Que se sente um passarinho quando há caneta e papel
Mas logo vem uma arma para o pássaro matar
E pra que eu perceba que sou o único que não pode amar
Que não pode se mexer, nem um segundo, nem um momento
Que deve se deixar levar por onde soprar o vento
Porém não me nego, não me cego
Não troco o não pelo sim
Pois de qualquer outro modo saberia que sou assim
O côncavo convexo, completamente sem nexo
O último a respirar, o inverso do que há
Não padeço, só reconheço o que me sobrou enfim
O
Fardo
Inaceitável de viver dentro de
Mim

enviado por fitomaia. as 03:15

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.a
| M |u
| E |nor
.o
.p

enviado por fitomaia. as 03:13

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::A Última Declaração

O que aconteceu com você
O que aconteceu com nosso amor
Onde estão as faíscas que nos incendiavam
Onde estão os beijos que me torturavam
Por que é que tudo isso acabou
Nós sonhávamos com uma vida perfeita
Nós sonhávamos poder sempre sonhar
E esses sonhos destruíram nossas vidas
Os sonhos fizeram você me abandonar
Agora eu sinto falta de tudo que me fazia te adorar
Da grandeza da tua sabedoria, do aroma do teu ar
Do teu cheiro no meu corpo
O calor do teu toque
De cada palavra que você me suspirou
De cada segundo que você me amou
Agora eu sei que não dá pra não te ter
Que eu vivo somente porque existe você
Também sei que você não quer mais assim
Que o seu sol ainda brilha sem o calor que há em mim
Só quero que saiba que é por você que sofro tanto
Por você eu escrevo e derramo este pranto
Por você eu me esqueço e me deixo pra trás
Já que alguém novamente não serei nunca mais

enviado por fitomaia. as 03:12

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enviado por fitomaia. as 03:11

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:: ...

Distração
Confusão total
Vazio na mente
Espaço sideral
Pensamento vago
Rarefeito
Concisão?
O vácuo perfeito
Continuação?
Cadê o início?
Falta de conclusão
Incontrolável vício
Perdido no tempo
Presa fácil
Sem adrenalina
Sem sódio e potássio
Boa noite?
Condolências
Distúrbio mental?
Reticências

enviado por fitomaia. as 03:10

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::Para Ela

Quero escrever um poema para ela
Com as mais lindas palavras e as emoções mais sinceras
Falar-lhe tudo o que sinto
O que seus encantos causam em mim
Abrir as portas do meu coração
E deixar que saltem os íntimos desejos de amor sem fim
Quero o poema mais bonito
Que a faça pegar fogo por dentro e desenhe lágrimas em seu olhar
Quero um poema infinito
Onde cada letra represente o quanto nossa união irá durar
Quero um poema perfeito
Que descreva minuciosamente sua beleza moldada por Deus
Quero um poema feliz
Que descreva a sensação dos meus olhos ao encontrar os seus
Quero que se torne um hino
Cantado ao redor do mundo para que todos saibam o que por ela eu sinto
Quero que se torne um símbolo
E represente o mais puro de todos os sentimentos
Quero que seja iluminado
Assim como minha vida, que se tornou um eterno dia ensolarado depois de conhecê-la
Quero que lembre o céu
Que visito todas as vezes em que me encontro ao lado dela...
Quero escrever um poema para ela
Mas não sei se sou capaz de dar às palavras o formato do meu coração
Para que, quando lê-lo, ela saiba o que realmente está segurando em suas mãos
Tentarei enfim concebê-lo, e correrei pros braços dela para ansioso ouvi-la ler
E então beijá-la, em meu corpo tê-la, e ouvir dela um "AMO VOCÊ"

enviado por fitomaia. as 03:08

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::Por Trás Da Porta

Andei te escutando por trás da porta
Esperei descobrir uma verdade torta
Andei te escutando, e não ouvi nada
Suas verdades tortas estavam caladas
Tentei te olhar por trás da porta
Esperei descobrir uma face morta
Tentei te olhar, mas nada havia
Sua morte estava repleta de alegria
Quis te sentir por trás da porta
Esperei descobrir uma sensação nova
Quis te sentir, mas algo me impediu
Suas sensações novas ninguém jamais descobriu
Sonhei te querer por trás da porta
Esperei realizar um sonho incrível
Sonhei te querer, uma vontade tanta
Que de nada adianta, pois você é impossível

enviado por fitomaia. as 03:07

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::Frígido

Esse poema celebra
A falta de inspiração
O nada, o ócio
Da mente e do coração
Celebra a total
Ausência de sentimentos
De aventuras, de prazeres
Dos bons e melhores momentos
Esse poema celebra
O excesso de clichês
Frase feita, lugar-comum
O artifício de ser artificial
A totalidade do nenhum
Celebra o feio, o insensato
O marginal, o mais errado
A estridência de um grito
E o poema infinito
Celebra a tristeza, o sofrimento
O caos no seu estopim
A frigidez, o ressentimento
E tudo mais que há em mim

enviado por fitomaia. as 03:06

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1.9.02
::Cirque

Domingo ensolarado
Lona armada no gramado
Refrigerante e pipoca
A música que a banda toca
As famílias reunidas
Respeitável público
O palhaço colorido
Gargalhadas em coro
Os mistérios do mágico
A pequenez do anão
A inteligência fantástica
Do elefante e do leão
Perigo no globo da morte
Show de pirotecnia
O malabarista, o equilibrista
Mais e mais alegria
Uma grande surpresa no final
Um espetáculo belo e rico
Respeitável público
O maravilhoso mundo do circo

enviado por fitomaia. as 00:31

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18.8.02
::Este poeta
Está em greve
Pois carece de idéias
Carece de amores
E até de lápis e papel
Só tem um peito oco
E os olhos tão secos
Que nem se deságuam em rio
Quando uma nuvem desenha
O seu nome no céu

enviado por fitomaia. as 03:02

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::Dadaísmo de Verão

Janeiro
Verão
Férias
Viagem
Praia
Carnaval
Quente
Inesquecível
Sal e sol
Ilha
Farol
Alegria
Euforia
Sal e sol
Quente
Inesquecível
Ilha
Farol
Praia
Carnaval
Férias
Viagem
Verão
Janeiro

enviado por fitomaia. as 02:59

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::Polaridades

Não sei o que me falta
Não sei o que está além
Ninguém sabe mais de nada
Nada se sabe mais de ninguém
O mundo, o mistério circunflexo
Que gira sobre mentes livres
Que ora se enquadram numa prisão
A vida, o mistério mais complexo
Que embora tenha um nexo
Acaba sempre causando confusão
O amor, quatro letras com a abrangência
De definir a existência com a excelência
De um baita palavrão
O ódio, quatro algos putrefatos
Capaz de distorcer os lados
Que envolvem e mantêm uma união
O sim, a certeza absoluta
Que no fundo sempre oculta
Um certo ar de indecisão
Onde o mundo gira torto
O amor se acha morto
Convertendo tudo ao não

enviado por fitomaia. as 02:58

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::Do Outro Lado Da Ponte (Ou O Poema Do Adeus)

Tô indo embora
Aqui já me esgotei, cheguei ao fim
Não tem mais jeito agora
Fui eu quem quis que fosse assim
Tô indo embora
Porque aqui já falei o que tinha pra falar
Já cantei o que tinha que cantar
E já errei bem mais do que podia errar
Tô indo embora
Porque aqui não tenho mais ninguém
E mesmo que lá não tenha também
É melhor partir agora
Porque aqui ninguém mais fala minha língua
Aqui o passado me ameaça
Aqui não há futuro, há sina
Aqui não tenho importância, só graça
Tô indo embora
Porque não tenho mais lágrimas pra chorar
Não tenho mais forças pra suportar
O mundo que desaba ao meu redor
Tô indo embora
Porque já perdi demais o juízo
Agora quero encontrar meu paraíso
Onde o passar dos dias seja bem melhor
Onde o sol brilhe mais forte
E os pássaros cantem felizes, em liberdade
Onde a dor nunca fica
Onde a chuva purifica
Onde não haja saudade
Da vida que não vivi
Tô indo embora
Seguindo o vento, indo em frente
Pra viver intensamente
Pra encontrar um pouco de paz
E tropeçar de vez em quando
Aprender o que os livros não ensinam
Porque só a vida é capaz
Tô indo embora
E se eu pegar o caminho errado
E sair do outro lado
Não há porque desesperar
É só botar o pé na estrada
E um destino dentro do peito
Que um dia eu chego lá

enviado por fitomaia. as 02:57

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::Não podia deixar de publicar esse poema abaixo, afinal, foi o primeiro que escrevi, lá pelos 12 anos de idade (hoje sou um velho de 19 anos). Como já disse outras vezes, não é o poema dos poemas, mas tem um enorme valor histórico-sentimental.

::Menino Do Carrinho


O carrinho do menino
Era ali tão pequenino
Mal sabia do destino
Dado por julgamento divino

O menino do carrinho
Não é mais o de antes
Outrora, quando pequenino
Tinha idéias insignificantes
Agora seu raciocínio
É frio e mirabolante

O menino do carrinho
Que pena não existe mais
Adolesceu, é homenzinho
Já acha saber o que faz

E o carrinho do menino
Tão infantil, tão pequenino
Foi esquecido pelo destino
E ficou lá pra trás

enviado por fitomaia. as 02:50

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11.5.02
::O Sonho Da Gente

A gente sonha, a gente quer
A gente luta pra chegar lá
Conquistar objetivos, mudar o mundo de lugar
A gente anseia o paraíso
Desafia a razão, perde o juízo
A gente vence o bem e o mal
A gente vai até o final
A gente não pode é parar no meio
Olhar pra trás quando a gente ainda não pode enxergar
Porque a gente acha que não valeu o que já veio
E que os sonhos foram feitos somente pra sonhar
A gente não pode é derramar um pranto
Por aquilo que não foi como era pra ser
A gente não deve é sofrer tanto
Pelo que não dá mais pra refazer
A gente tem é que curar as feridas
E não sofrer muito por apenas uma
Porque muitas outras virão
A gente tem é que acrescentá-las a vida
Não como um fardo, e sim como uma lição
Que a gente deve rever todo dia
Que a gente deve, se possível, até decorar
Pra poder ir tranqüilamente por onde o coração nos guia
E pra gente nunca mais ter que parar de sonhar

enviado por fitomaia. as 03:14

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::Meus Versos

Vejo os versos de ontem
E me sinto um tolo por tê-los escrito
Tão vazios
Tão medíocres
Tão pobres
Tão meus
Combinações de estranhas palavras
Fusão do papel com o meu eu
Momento de angústia, ansiedade
Ausência de paz
A inquietação que me leva a escrever
Os versos que jamais quis ter escrito
Os versos que não sei escrever
As estrofes que não sei construir
As rimas que não sei rimar
Os corações que não consigo tocar
As lágrimas que não consigo derramar
Nos olhos da meia dúzia de leitores meus
Dos meus versos
Tão feios
Tão desafinados
Tão tortos
Tão cheios de mim
Que já chego a me confundir
A me perder entre eles
Entre os versos de ontem, de anteontem
De muito antes, talvez os primeiros
Os mais bobos
Os mais importantes
Os culpados por tantos outros
Os inesquecíveis...
Me perco
E construo os momentos da minha vida em forma de poesia
Onde cada palavra é um dia
Cada verso uma semana
Cada estrofe um mês
Cada poema um ano
Formando o quebra-cabeças da minha história
Com seus altos e baixos, derrotas e glórias
O passar do tempo
Dias, semanas, meses, anos
O construir de páginas tão cheias de nada
Tão inocentes
Tão burras
Tão desejosas
Tão solitárias
Sim, há uma imensidão que as separa de tudo
Que as deixa isoladas, orbitando em torno da existência
Querendo ser algo mais
Querendo representar algo mais
Querendo ser
Pois neste livro da minha vida
Repleto de páginas inexistentes
Não há um poema
Uma estrofe
Um verso
Uma palavra
Que não tenha exigido de mim
Sucessivos sacrifícios de minha alma
Entrega total ao que era feito
Aos meus versos
Tão simples
Tão incompreensíveis
Tão tímidos
Tão mínimos
Tão pouco
Tão insignificantes
E justamente por isso
Tão perfeitamente meus

enviado por fitomaia. as 03:06

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::E Agora Sou Um Apaixonado

Voei rumo a felicidade
Como quem procura
Um que para continuar
Esqueci toda a saudade
Que apertava meu peito
Até me esmagar
Procurei um sentimento
Que me desse toda a alegria
Que um sentimento pode dar
Logo pensei no amor
E quando fui a procura dele
Encontrei você por lá
E agora
Te amo bem mais do aquela hora
Em que te encontrei na solidão
Carregando a chave do meu coração
E agora
Eu sou feliz
Bem mais do que algum dia eu pensei
Bem mais do que algum dia eu quis
E agora
Sou um apaixonado
Como nunca tinha pensado ser
Nunca
Por nunca antes ter encontrado você

enviado por fitomaia. as 03:05

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::Rosa

Aquela rosa
Que eu te dei
Não era rosa
Eu sei
Era um espinho
Feio e afiado
Com aroma de pecado
Para o qual não há perdão
Aquela rosa
Que eu te dei
Não era rosa
Eu sei
Era um espinho
Com a face do mal
Uma lâmina letal
Um convite à perdição
Aquela rosa
Que eu te dei
Não era rosa
Eu sei
Era um espinho
No meio do caminho
Com o qual você fez jorrar
Todo o sangue do meu coração


enviado por fitomaia. as
03:01

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era uma vez um poeta grávido...


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